Ponto da cabocla da mata – Awurê

 

“Ela é a senhora da folha serenada, com olhos de sussuarana e cocar de penas de jandaia. Mulher bonita que raia na madrugada, filha do mato e da água, dona do mel mais doce e da flecha envenenada. Okê!”

 

Respeita moço o meu cocar
eu vim de lá onde o luar clareia
toco boiada à madrugada
arreio touro e o boi bambeia
quem conhece a força da jurema
vem curar n´aldeia.

a mãe do rio já me disse
que viu inquice na mata real
bate cabeça no gongá
raspa coco, agita o bambuzal
quem comanda vento vai buscar
quem mora no areal. (bambeia caboclinho, bambeia
tem samba de caboclo em festa de sereia)

Vesti a pena de jandaia
macerei guiné e benjoim
fogo e vento moram em mim
eu vim da pedra lisa da cascata
atirei a flecha e acertei
cobra-coral na mata (bambeia caboclinho, bambeia
tem samba de caboclo em festa de sereia

 

Ficha técnica

  • Letra: Luiz Antonio Simas
  • Arranjo – Daniel Delavusca e Guto Wirtti
  • Guto Wirtti- Violão e programações Kiko Horta – Acordeon
  • Arifan-Atabaque e Gã Fabiola – Voz
  • Fayomi-congas e Rum
  • Fabricio Reis-Congas
Picture of Luiz Antonio Simas

Luiz Antonio Simas

É carioca, filho de mãe pernambucana e pai catarinense. É professor, historiador, escritor, educador e compositor, com trinta anos de experiência em sala de aula. É bacharel, licenciado e mestre em História Social pelo Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

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